Peço atenção dos senhores
Pra história que eu vou contar
Falo de Severinin lavrador tão popular
Que morava numa palhoça
E cultivava uma roça perto de Taperoá
E Severinin todo dia lavrava a terra macia
E terra lavrada é poesia
Mexe com a mão na terra
Sobe essa serra corta esse chão
Planta que a planta ponte
Por esses montes lã d'algodão
Severinin vivia até feliz
Enchendo os olhos com bem d'rais
E mesmo a plantação tava bonita em flor
E a seu lado sua companheira
Tinha o seu amor
Mas como diz o ditado e haverá de se esperar
Depois de tudo plantado
Fazendeiro pede pra Severinin desocupar
Já tinha até fruta madura
Jirimum enrramando no terreiro
E tinha até um passarinho
Que além de ser seu vizinho
Ficou muito companheiro
Chega tanta incerteza
A alma presa quer se soltar
Luta, luta sozinho
Qual o caminho de libertar
Severinin ficou sozinho e só
Ingratidão não pode suportar
Correu para o sul
Aí a construção se viu
De uma vez por todas
De uma vez por todas
Desabar.
Vital Farias
Oi Matheus,
ResponderExcluirCurti pacas esse post!
Beijos
Ca
Eu adoro este disco inteiro. Aliás, Vital Farias me emocionou muito, no que eu saía da adolescência. Saga Amazônica e Taperoá estão entre os 50 discos brasileiros de minha vida.
ResponderExcluirBela recolha Matheus.
Obrigado! Fazia tempo que não retornava ao meu próprio blogue. Fiquei contente de 'passar' por aqui e encontrar outro admirador do mestre Vital. Meu abraço!
Excluir